Resumo de Os Mutantes (4)

Por Matheus Pereira

"Foi uma inovação total. Tiago, o autor, arriscou, errou, tentou de novo, acertou."

Ação, emoção, aventura, tristezas, decepções... Foram 10 meses de uma novela que não contou com nenhum clichê, mas que inovou, e inovou mesmo. O folhetim teve como fio condutor "salvar os bebês para salvar o mundo". Os bebês eram filhos de Leonor e Bianca, chamados Juno e Lúcio. Inicialmente, estavam presos numa cela do laboratório de Juli, a doutora Júlia rejuvenescida. Depois passaram de mão em mão. No poder da doutora do mal, foram resgatados pela Liga do Bem e recuperados pela Liga Bandida em Agarta. Depois, ficaram em melhores lençóis ao lado de Gór e Metamorfo, até que Leonor recuperou seu filho Lúcio e Felipe sua filha Juno. Ufa!

Mas não pense que foi só isso. A trama foi eletrizante com a ajuda de outros personagens, com a luta entre o bem e o mal, e com suas bizarrices. Samira, a irmã gêmea de Maria, trancafiada em uma cela por 30 anos foi uma grande arma para a Liga Bandida. De outro lado, a Liga do Bem recebeu grande contribuição de Valente, o viajante do tempo. Esse, na primeira semana da novela foi desvendar um mistério, conseguiu, foi perseguido pelo implacável Fredo, perdendo a memória. Porém, esse homem, que veio do futuro, caiu nos braços de Gabriela e conheceu a vampira Nati, por quem se apaixonou. Hoje, com a memória recuperada, e com respostas que tanto procurava, ele sofre com as vilanias de Gabriela que está disposta a fazer de tudo para separá-lo de Nati.

O que dizer das cenas de ação? Aliás, foi o que mais teve. Impossível não lembrar do reencontro de Maria e Marcelo, que foi esperado por cinco meses pelo público. Impossível também não se comover com a cena em que a mutante do mal Samira jogar a Zacarita fora, chorar, e passar para o bem. Isso após a morena ter lutada com a irmã duas vezes. Foi uma temporada que reuniu, inclusive, ET's, fato inédito na história da teledramaturgia. Bizarrices como animais gigantes estiveram presentes. Mortes, pessoas volta depois de mortas, abduções. Foi uma inovação total. Tiago, o autor, arriscou, errou, tentou de novo, acertou. Provou que numa novela você precisa criar, não basta adaptar. Você tem que aceitar as críticas. Ele fez diferente até na hora das pedras em seus caminhos. Ao invés de a cada queda saber levantar, ele soube driblar os obstáculos e nunca cair.

Então, eu parabenizo essa trama que tanto me comoveu, que tanto me ensinou, que fez parte da minha vida... Essa merece aplausos de pé! Que venha a terceira temporada.