terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os Fenícios



Nos próximos capítulos, como já foi dito aqui no blog, Valente encontrará as inscrições fenícias no Olho do Gigante. Mas... Quem são os Fenícios? Onde viveram? Em que época? O que faziam? Logo abaixo vocês encontrarão um pouco sobre essa civilização antiga.

Um pouco da história do povo fenício:

Os fenícios, chamados sidônios no Antigo Testamento e fenícios pelo poeta Homero, eram um povo de língua semítica, ligado aos cananeus da antiga Palestina. Fundaram as primeiras povoações na costa mediterrânea por volta de 2500 a.C. No começo de sua história desenvolveram-se sob a influência das culturas suméria e acádia da vizinha Babilônia. Por volta de 1800 a.C., o Egito, que começava a formar um império no Oriente Médio, invadiu e controlou a Fenícia, controlando-a até cerca de 1400 a.C. Por volta de 1100 a.C. os fenícios tornaram-se independentes do Egito e converteram-se nos melhores comerciantes e marinheiros do mundo clássico. A contribuição fenícia mais importante para a civilização foi o alfabeto. Atribui-se também a esta cultura a invenção da tinta de púrpura e do vidro. As cidades fenícias foram famosas por sua religião panteísta e seus templos eram o centro da vida cívica. A divindade fenícia mais importante era Astarté.
Encontraram-se muitos vestígios de uma povoação fenícia no sítio arqueológico de Nora, na ilha da Sardenha. As ruínas fenícias mais antigas datam do século VII a.C. Os fenícios foram os maiores navegadores do mundo antigo. Com audácia, perícia e grandes galeras, percorreram o mar Mediterrâneo, atingiram o Atlântico e viajaram em torno da África. Aliando vocação marítima com habilidade comercial, fundaram importantes colônias, como Cartago. Para facilitar a escrita comercial, criaram o alfabeto, maravilhosa invenção da história da comunicação humana. Características da Fenícia A fenícia, terra de marinheiros e comerciantes, ocupava uma estreita área, com aproximadamente 40 km de largura, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do Libano. Atualmente essa região corresponde ao Libano e a parte da Síria. O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que espremido em seu território. o povo fenício percebeu a necessidade de se lançar ao mar e desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo. Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar que a região: Era muito encruzilhada de rotas comerciais, o escoadouro natural das caravanas de comercio que vinham da Ásia em direção ao Mediterrâneo; Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de navios; Possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro); Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura, corante de cor vermelha utilizando para o tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites de diversas regiões da Antiguidade.


O alfabeto fenício:

Em função dos diversos contatos comerciais que mantinham com diferentes povos, os fenícios sentiram necessidade de um meio prático para facilitar a comunicação. Pressionados por essa necessidade, os fenícios desenvolveram uma das mais fabulosas invenções da história humana: o alfabeto O alfabeto fenício era composto por 22 sinais, sendo, mais tarde, aperfeiçoado pelos gregos, que lhe acressentaram outras letras. O alfabeto grego deu origem ao alfabeto latino, que é o mais utilizado atualmente.

A economia fenícia:

A principal atividade econômica dos fenícios era o comércio. Em razão dos negócios comerciais, os fenícios desenvolveram técnicas de navegação marítima, tornando-se os maiores navegadores de Antiguidade. Desse modo, comerciavam com grande número de povos e em vários lugares do Mediterrâneo, guardando em segredo as rotas marítimas que descobriam. Considerável parte dos produtos comercializados pelos fenícios provinha de suas oficinas artesanais, que dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro, jóias de ouro e de prata, estátuas religiosas). à fabricação de vidros coloridos e à produção de tintura de tecidos (merecem destaque os tecidos de púrpura). Por sua vez, importavam de várias regiões produtos como metais, essências aromáticas, pedras preciosas, cavalos e cereais. Tiro era a principal cidade que se dedicava ao comércio de escravos, adquirindo prisioneiros de guerra e vendendo-os aos soberanos do Oriente próximo. Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaram diversas colônias que, a princípio, serviam de bases mercantis. Encontramos colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios fundaram a importante colônia de Cartago.


Explorações fenícias:


Viagens e colonizações que os comerciantes fenícios realizaram durante o primeiro milênio antes de Cristo. Parece que os navegantes fenícios foram os primeiros que se serviram da Estrela Polar para orientar suas viagens, o que lhes permitiu aventurar-se fora do mar Mediterrâneo. A partir das cidades-estado de Tiro, Sidon e Biblos, ampliaram seu comércio de cristais e tecidos tingidos de púrpura até o Mediterrâneo ocidental, em cuja colonização precederam os gregos. Fundaram as cidades de Gades, atual Cádiz, e Cartago. Por volta do ano 600 a.C., segundo Heródoto, o faraó egípcio Nekó os encarregou de circunavegar a África: a expedição demorou três anos para percorrer os 36.600 km do litoral africano. Depois da conquista de Tiro por Nabucodonosor no ano 573 a.C., os fenícios estabeleceram a nova capital em Cartago. Conseguiram controlar a passagem pelo estreito de Gibraltar e descobriram as ilhas da Madeira, Canárias e Açores. No século V a.C. cruzaram o canal da Mancha e chegaram à Cornualha. Hanon fundou seis colônias na costa atlântica da África e explorou o Senegal, os rios de Gâmbia e a costa sul até a Serra Leoa ou Camarões.

Religião Fenícia:

A religião dos fenícios era politeísta e antropomórfica. Os fenícios conservaram os antigos deuses tradicionais dos povos semitas: as divindades terrestres e celestes, comuns a todos os povos da Ásia antiga. Assinale-se, como fato estranho, que não deram maior importância às divindades do mar. Cada cidade tinha seu deus, Baal (senhor), associado muitas vezes a uma entidade feminina - Baalit. O Baal de Sidon era Eshmun (deus da saúde). Biblos adorava Adônis (deus da vegetação), cujo culto se associava ao de Ashtart (a caldéia Ihstar; a grega Astartéia), deusa dos bens terrestres, do amor e da primavera, da fecundidade e da alegria. Em Tiro rendia-se culto a Melcart e Tanit. Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se animais. E, às vezes, realizavam-se terríveis sacrifícios humanos. Queimavam-se, inclusive, os próprios filhos. Em algumas ocasiões, 200 recém-nascidos foram lançados, ao mesmo tempo, ao fogo - enquanto as mães assistiam, impassíveis, ao sacrifício.
Espero que tenham gostado. Se quiserem, comentem.
Fonte: História do Mundo

3 comentários:

Anônimo disse...

Se os Fenícios são da Ásia,como eles vieram ao Brasil há 2.500 anos a.C para fazer aquelas inscriçoes na Pedra da Gávea.
Naquela época não existia avião,e aí como isso aconteceu?

Anônimo disse...

pelos os mares vc não leo todo eles erão os maioris navegadores da epocae tb eu acredito que sejá escrisoes finicias

Anônimo disse...

E como navegadores,eles conseguiram atravessar o Oceano Atlantico antes dos europeus,em 2.500 a.C,se for isso mesmo eles viram até os índios,e eles navegaram até o Brasil e fizeram essas inscriçoes,e por que eles não passou a ficar no Brasil,tudo isso é um grande mistério.