.jpg)
Os Mutantes - Caminhos do Coração tem melhorado bastante em vários aspectos, desde a estréia da segunda fase da trama, que antes chamava-se apenas Caminhos do Coração. Apesar de muitas mudanças positivas na novela, o que mais chama a atenção ultimamente é a alta rotatividade de seu elenco. Provavelmente, nunca houve uma novela com tantos personagens entrando e saindo do ar. Mais uma tática ousada do autor Tiago Santiago.
Novos mutantes surgem o tempo todo, geralmente interpretados por atores desconhecidos. Isso não seria necessariamente negativo, já que eles trazem mais dinâmica à trama. E dar oportunidade a novos atores também é interessante. O problema é que, com as muitas histórias paralelas, fica difícil acompanhar o desenvolvimento de cada personagem. Se o telespectador perder alguns capítulos, corre o risco de não saber nem "que fim levou".
Alguns atores ainda pouco experientes tem mostrado potencial, como Daniel Aguiar, que interpreta o vampiro Vlado ¿ mas que, no decorrer desta semana, morre na trama. O elenco também perdeu nomes de peso, como Patrycia Travassos, cuja personagem Irma "desapareceu" para vender um violino Stradivarius roubado e até agora não voltou.
Em compensação, a novela ganhou atrizes experientes como Mirian Freeland que dá vida à policial Marta - que também já vai sair, neste caso, para ingressar em Vendetta, próxima novela da Record - e Flávia Monteiro, que interpreta a histérica Viviane e que, até segunda ordem, continuará na trama.
Com tanta rotatividade e atores novos, torna-se necessário manter alguns veteranos para equilibrar o time. Bianca Rinaldi dá conta do recado que lhe foi confiado e interpreta as gêmeas Samira e Maria de forma coerente. Liliana Castro também continua na trama dando vida à vidente - entre outras coisas mais - Janete, com uma atuação convincente, que ajuda a manter o bom nível do elenco.
Houve um aumento significativo na quantidade de cenas externas, que tornam a história mais agradável. Tomadas nas ruas, praias e lugares abertos aparecem em todos os capítulos. O aumento em número também estende-se à mitologia utilizada na novela. ET's, mutantes, dinossauros e vários outros seres lúdicos passaram a ser incorporados. Agora, é esperar para ver como tantos elementos vão convergir numa mesma história.
Recentemente, o "Senhor Mar" disse que os mutantes irão cuspir fogo pela mão. Mão tem boca para cuspir fogo?
Fernanda Nobre sempre teve a sorte de fazer personagens pouco ortodoxas na TV. Desde a pestinha Bia de Malhação, passando pela Janice, de Prova de Amor, que tinha TOC - transtorno obsessivo compulsivo -, a carioca atualmente vive a "topa tudo" Lúcia em Caminhos do Coração. Hoje, Fernanda comemora 25 anos de idade.
Como a Janice, em 2006, na novela Prova de Amor
Nasceu no Rio de Janeiro e começou á atuar na TV na novela "Despedida de Solteiro", no ano de 1992, como a Bibi. Depois disso não parou mais. A atriz conta que só gosta de personagens com dramas e conflitos. "Só me envolvo em personagens com conflitos interessantes" -- diz.
Como a Helena de "A Escrava Isaura"
Fez uma pequena participação em "História de Amor", no ano de 1995. Ficou dois anos em Malhação como a Bia, entre 2000 e 2002. Bia era uma personagem mimada, garota-problema. "Ela me deu uma projeção absurda como atriz. Muita gente só se lembra de mim por causa dela. Por isso, fui rotulada durante anos como a adolescente chata", explica a atriz ao falar de Bia.
Como a Lúcia
Se mudou para a Record, onde participou de "A Escrava Isaura" (2005), "Prova de Amor" (2006) e "Cidadão Brasileiro" (2006), dando vida respectivamente á Helena, Janice e Tatiana. Atualmente é a Lúcia de Os Mutantes, também da emissora.
O blog deseja um feliz aniversário para essa talentosa atriz, que faz aniversário hoje, junto do grande ator Eduardo Lago. Parabéns! Mais anos de sucesso, felicidade e trabalho!
Miriam Freeland nunca escondeu que prefere as novelas de época. Mas, contratada da Record, tratou de dar um jeito de transformar o convite para Os Mutantes em algo que a motivasse. Na pele da delegada Marta da trama de Tiago Santiago, aproveitou todo o universo fantasioso de mutantes e extraterrestres para aprofundar suas pesquisas.
Além de, é claro, buscar saber tudo o que pudesse sobre o comportamento feminino dentro de ambientes quase que exclusivamente masculinos. Como é o caso do Depecom, o Departamento de Proteção e Controle dos Mutantes do folhetim. "Substituí minha busca por referências históricas de outros trabalhos pela procura de informações científicas e policiais que me ajudassem a pegar o bonde, que já estava andando e com sucesso", explica.
Depois de cerca de 80 capítulos no ar, Miriam acredita que seguiu o caminho certo. Principalmente porque, às vésperas da morte de sua personagem na novela, nesta semana, conseguiu o que acha fundamental para o desenrolar da história: acreditar na mensagem que é passada no ar. "A história é uma fantasia e tem uma velocidade enorme. Se os atores não passarem credibilidade ao texto, a novela não vai convencer o público", analisa.
Ela assistiu à série Heroes, que também explora mutações genéticas em seres h
umanos na TV. E também a 24 Horas e The Closer, ambas com temática policial. "Procurei encontrar meios de interpretar uma delegada forte e competente, mas que mantém sua feminilidade. Não queria fazer estilo Joãozinho, com cabelo curtinho", valoriza.
Miriam precisou começar a gravar na mesma semana em que recebeu o chamado da emissora. E, por isso mesmo, poucas eram as informações que já estavam certas sobre a personagem. A atriz sugeriu ao diretor Alexandre Avancini e ao colega de cenas Petrônio Gontijo, intérprete do vilão Fredo, alguns pontos que não ficaram claros do histórico do núcleo do Depecom. "Achei que seria bacana criarmos um clima de passado entre a Marta e o Fredo, por exemplo. Até para justificar ainda mais a rivalidade dos dois", exemplifica. E, pelo que se pôde ver no ar, a sugestão foi aceita inclusive pelo autor.
Em sua terceira novela na Record, ela assume que em nenhum outro trabalho da emissora teve tanto retorno de público. Basta sair da Ilha da Gigóia, onde mora, na Barra, Zona Oeste do Rio, para ouvir dos fãs expressões como "cuidado com os mutantes" ou até mesmo "isso é que é delegada", cantada que alguns telespectadores arriscam.
"O bacana é que agora as pessoas não me enxergam mais só como a ‘atriz da Globo'. O público sabe que estou na Record e assiste mesmo à novela", conta Miriam, que estourou como a doce Candoca de O Cravo e a Rosa, a professora Beatriz, de Esperança, e a revolucionária Pagu, da minissérie Um Só Coração.
Aos 15 anos de carreira, Miriam lamenta ainda não ter feito na TV um tipo que planeja experimentar em breve: o de uma suburbana. A atriz, que cresceu no Méier, Zona Norte carioca, acredita que os constantes trabalhos de época de seu currículo construíram uma imagem de requinte e elegância que, segundo Miriam, não fazem parte de seu cotidiano. "Parece que eu sou sofisticada, mas é puro fingimento. É só para convencer no ar", brinca. "Tenho muito orgulho de ter crescido no subúrbio. As sutilezas que essas áreas têm são riquíssimas para a construção de personagens."
