sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vampiros invadem barraco de Noé. Leia o SCRIPT!

CENA DE ARQUIVO. LITORAL DE SÃO PAULO. EXT. NOITE


CENA DE ARQUIVO. BARRACO DE NOÉ. EXT. NOITE


CENA 14. BARRACO DE NOÉ. INT. NOITE


CRIS, TRISTE, FAZ UM CARINHO EM IARA, QUE ESTÁ DEITADA EM SEU COLO.


CRIS — Não agüento pensar que a gente vai ter que se separar, Iara...


IARA — Queria tanto que as coisas fossem diferentes... que nós dois pudéssemos superar as nossas dificuldades... que eu não precisasse do mar pra sobreviver... e que você não pensasse em vingança o tempo todo!...


CRIS — Acontece que a vida nem sempre é do jeito que a gente quer... muito em breve eu vou ser um velho e você vai ter que voltar pro mar... Isso não é justo!


IARA — Então, Cris! Vamos aproveitar o tempo que nos resta! A gente pode ir pra uma praia, morar bem pertinho do mar... se eu puder mergulhar todos os dias, acho que consigo morar em terra firme! E posso cuidar de você até ficar bem velhinho... e fazer sua passagem pra outra vida!


CRIS — Seria muito maravilhoso, Iara, mas antes eu preciso cumprir minha promessa pra Marli. Vou acabar com o Vlado!... e com todos os outros monstros que estão espalhados por aí fazendo vítimas inocentes como ela!


INSERIR EFEITO: RELÂMPAGOS E TROVÕES. OS DOIS SE ASSUSTAM.


IARA — Nossa! Vem tempestade forte aí!


CRIS — Vem sim... mas tô sentindo que essa não é uma tempestade comum! É o resultado da união do Vlado com os outros vampiros! Eles se reuniram, Iara!


IARA — (COM MEDO) Meu Deus do céu!


COMEÇA A CAIR UMA CHUVA BEM FORTE LÁ FORA.


CRIS SE LEVANTA, QUASE COMO SE ESTIVESSE EM TRANSE.


CRIS — Eles estão vindo, Iara! Estão vindo na nossa direção! E estão mais sedentos de sangue do que nunca! De sangue e vingança!


IARA — Então é melhor a gente ir embora daqui, Cris! Vamos enquanto é tempo!


CRIS — Não, Iara! Chegou a hora do enfrentamento! Eu vou ficar bem aqui esperando por eles! E não se preocupe, porque vou te proteger de qualquer mal, sempre!


IARA — Eu sei... mas e se/...


CRIS — Shhh! Não fale nada! Por favor, Iara. Cante um pouco para mim. Preciso da magia do seu canto para me fortalecer!


IARA — Tá bom...


CLIPE RÁPIDO. IARA CANTA PARA CRIS EM MEIO AOS RELÂMPAGOS E TROVÕES.


CORTA PARA


CENA DE ARQUIVO. LITORAL DE SÃO PAULO. EXT. NOITE


CENA DE ARQUIVO. CASA DE TEÓFILO. EXT. NOITE


CENA 15. CASA DE TEÓFILO. INT. NOITE


VLADO, DRÁCULA E BRAM REUNIDOS EM TORNO DA MESA. ÍSIS MAIS AFASTADA, PREOCUPADA, ESCUTANDO TUDO.


INSERIR EFEITO: RELÂMPAGOS E TROVÕES.


VLADO — Desta vez o Cris vai morrer!


ÍSIS — Não, por favor, Vlado. Desista.


VLADO — Você não entende, Ísis. Ou ele ou eu.


ÍSIS — Isso é besteira. É loucura.


DRÁCULA — Cris é um perigo para todos nós.


BRAM (SEMPRE GRAVE, SOTURNO) Ele tá esperando... no nosso esconderijo...


VLADO — Precisamos pensar um modo de despachar o Cris... atacar na hora em que ele estiver dormindo...


ÍSIS — Vocês três, por favor! Chega de violência! Por que vocês não desistem de uma vez dessa briga?


DRÁCULA — Não adianta fugir. Não agora. Ele está no nosso rastro.


BRAM Ele vai vir atrás de nós.


VLADO — É por isso que nós temos que nos livrar dele... antes que ele acabe conosco...


ÍSIS — Não, Vlado! Será que todo meu apelo contra a violência é inútil? Será que nunca vão entender como a violência é nefasta? Vocês são jovens, podem viver muito ainda. Por que arriscar tudo num confronto com uma pessoa tão perigosa como o Cris?


VLADO — Para sobreviver, Ísis! Prefiro ser caçador que ser caça!...


ÍSIS — Vamos fugir! Vamos pra outro lugar!... bem longe... onde ele nunca nos ache...


DRÁCULA — Não quero viver como fugitivo pelo resto da vida.


BRAM — Nem eu.


VLADO Vamos cercar a casa. E vamos atacar o Cris! Nesta noite ou ele ou eu... Um dos dois vai morrer!


ÍSIS — Não, Vlado!...


DRÁCULA — Vamos usar nosso sonar pra sentir quando o inimigo estiver dormindo... pra saber o lugar exato onde ele está...


BRAM — Vamos entrar atirando, pra ele não ter tempo de reagir!


DRÁCULA — Isso. Primeiro ele morre... E depois... depois é só fazer a festa! Mas não quero que ninguém encoste a mão na sereia... Quero aquela peixona pra mim!


VLADO — Pode ficar com ela, Drácula. Eu só quero ter certeza de que o Cris nunca mais vai ver a luz do sol!


OS TRÊS SE OLHAM, MALIGNOS. ÍSIS CHORA.


ÍSIS — Ai, como eu detesto violência!... Vocês não sabem que os violentos sempre se tornam vítimas da violência? Será que vocês não entendem?


VLADO — Ísis, é você quem não entende! O Cris é nosso inimigo mortal! Se a gente não acabar com ele, é a gente que vai dançar!


DRACULA — Vamos atacar!


BRAM — Vamos!


VLADO — Vamos!


INSERIR EFEITO: RELÂMPAGOS E TROVÕES MUITO FORTES PRA TERMINAR.


CORTA PARA


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