terça-feira, 2 de setembro de 2008

Entrevista com Paulo Nigro, o Toni de "Os Mutantes"


Fazendo sucesso na pele de Toni, em "Os Mutantes", Paulo Nigro responde perguntas de fãs. Confira!


Ouvi suas músicas no seu site. Por que você não grava um CD? Você canta e compõe muito bem!

Paulo Nigro - Há um tempo, até cheguei a pensar nisso, mas a correria das gravações e um pouco de desmotivação me tiraram do caminho da música. Mas quem sabe no futuro...


Como é fazer a novela Os Mutantes? O que você acha de seu personagem?

Paulo Nigro - Sinceramente, estou adorando fazer Os Mutantes. É uma novela diferente, que me trás muita vontade de continuar fazendo. Todos da equipe vivenciam de forma intensa a novela. Acho o meu personagem muito bacana porque ele é um cara do bem. Mas o mais legal de tudo é poder colocar algo do que sei de artes marciais nesse trabalho. Confesso que era algo que faltava para mim.


Como você se sente traindo a Janete nas visões dela?

Paulo Nigro - (risos) O Toni não trai a Janete, não. Ele luta com esse "problema" e resiste até o fim. O Toni é um cara apaixonado - e eu acredito que quando estamos apaixonados só temos olhos para uma mulher. Eu, pelo menos, sou assim! (risos).

Você namora? Que tipo de mulher faz a sua cabeça?

Paulo Nigro - Sou solteiro. É difícil dizer qual o tipo de mulher perfeita. Acho que o primeiro passo é existir uma atração. Depois, acho que vem o mais importante: temos que descobrir se realmente sola uma afinidade, existe uma relação forte...


Paulo, é muito difícil interpretar o Toni? Qual a maior dificuldade desse papel?

Paulo Nigro - Acho que o mais difícil nessa novela é lidar com a ficção. Nunca tinha feito nada desse porte, mas agora já está tudo bem assimilado, e estou me divertindo muito. Adoro lutar com os bichos da ilha e com os mutantes. É bem legal!


Lembro muito de seu personagem em Malhação. Como você conseguiu se adaptar a uma mudança tão grande personagem?

Paulo Nigro - O fato de mudar completamente de um personagem para o outro é o grande lance de ser ator. O verdadeiro ator é aquele que faz vários papéis bem - porém sem estabelecer ligação entre seus personagens. Quando você consegue mudar completamente é sinal de que as coisas estão indo bem. E eu espero estar conseguindo isso! (risos).


Como foi fazer parte do elenco de Chiquititas?

Paulo Nigro - Chiquititas foi um grande aprendizado na minha vida. Aprendi como profissional e muito como pessoa também. Essa evolução foi super importante na minha vida.


Como começou sua carreira?

Paulo Nigro - Comecei minha carreira há muito tempo: como modelo, aos 2 anos de idade, e depois como ator, aos 11.


Qual foi a fase mais difícil da sua carreira?

Paulo Nigro - Um pouco depois de ter feito Chiquititas, fiquei sem trabalho por causa da minha mudança física. Eu não era nem criança, nem adulto - e essa fase é mais complicada mesmo. Nessa época cheguei a pensar em desistir, mas continuei, venci essa batalha e estou aqui hoje!


O que você achou de fazer o seriado Ilha Rá-Tim-Bum?

Paulo Nigro - O Ilha Rá-Tim-Bum também foi um grande barato. O elenco era muito legal e as cenas engraçadas. Foi um trabalho bem especial também porque foi um passo para eu fazer o meu primeiro longa-metragem, O Martelo de Vulcano, que nasceu por causa da série.


Você prefere teatro, TV ou cinema? Qual a maior diferença entre os três? E qual apresenta mais dificuldade para você?

Paulo Nigro - Oi, Gigi. Acho que por mais que se pareçam, uma coisa é muito diferente da outra. No contexto parece igual, mas quando estamos transmitindo a mensagem, as formas são bem diferentes. Vou te dar um exemplo bem básico: no teatro, o ator está em um palco, geralmente grande. Temos que fazer com que até a velhinha que não escuta direito, e que está na última fileira, te ouça, te entenda e se emocione. Os gestos são bem importantes e intensos. E fala tem que ser bem impostada. Já na televisão, não dá para fazer isso. A câmera está na sua cara. Não há como fazer muitos gestos para não sair do enquadramento. Também tem um microfone em cima da nossa cabeça. Se gritarmos, deixaremos os telespectadores surdos! (risos). No cinema, o pouco já é muito. Mas eu gosto dos três. Acredito que um completa o outro.


Quando decidiu seguir a carreira artística? Como foi a reação da sua família? Eles te apoiam?

Paulo Nigro - Na verdade, comecei meio que por coincidência. Estava no colo da minha mãe acompanhando minha outra irmã em um teste. Eu tinha só dois anos, mas fui chamado para fazer o teste. Passei e nunca mais parei.


Antes da novela você praticava algum esporte? Você interpreta o Toni tão bem...

Paulo Nigro - Antes de fazer o Toni já fiz muito esporte, mas me dediquei mesmo ao Kung-Fu. Hoje sou faixa preta, e até já fui professor. Só parei de dar aulas por causa da falta de tempo.


Os Mutantes está fazendo a cabeça da galera. Você já sabe o que tem reservado para o seu personagem?

Paulo Nigro - Estou muito feliz com o sucesso da novela. Os Mutantes é uma obra aberta, onde tudo pode acontecer. Não tenho idéia do que está reservado para o meu personagem, além dos textos que eu já tenho aqui. Só espero que o meu personagem desponte cada vez mais.


Você acredita que uma novela como Os Mutantes, que mexe com a fantasia e imaginação das pessoas, pode ter grande aceitação do público? Tem muita gente que já está cansada de sempre ter novelas com o mesmo estilo e histórias.

Paulo Nigro - Acho que esse é um dos pontos fortes da novela. Estamos com uma linguagem completamente diferente das novelas atuais. Temos um conceito inovador. Há quem critique e ache trash, mas é uma obra de ficção - e é isso que muita gente não entendeu ainda.


Paulinho, você está gostando do seu personagem?

Paulo Nigro - Estou adorando, e me divirto muito fazendo a novela. Estou com um elenco de primeira, que também são pessoas super bacanas. É sempre curtição. Mas quando é para ser sério, somos também.


Oi, Paulo. Quero saber se a vida de artista atrapalha a vida em família. Você começa a não ter tempo para fazer suas coisas pessoais?

Paulo Nigro - Como em qualquer trabalho, existem prós e contras. Realmente fica um pouco mais complicado de estar com a minha família, mas sempre que posso, estou com eles. No Dia Dos Pais, por exemplo, tive que ficar no Rio de Janeiro trabalhando, e por isso não vi o meu pai. Mas estou trabalhando, fazendo algo que gosto e crescendo sempre.


Assisto à novela, e confesso que sou viciada. Você acha que tem chance de ter uma terceira temporada?

Paulo Nigro - Que eu saiba, existe sim uma grande chance, mas não é nada concreto - porque eu sempre sei menos do que todo mundo! (risos). Pelo que eu tenho lido, isso pode acontecer, sim.


Você já se sente realizado na área profissional?

Paulo Nigro - Me sinto realizado pelo fato de saber que estou crescendo e aprendendo cada vez mais. Existem muitas coisas que eu gostaria de fazer ainda para me sentir 100% realizado. Mas sou bem novo, tenho muita estrada pela frente.


Você pensa em terminar a faculdade de Rádio e TV?

Paulo Nigro - Tive que parar a faculdade de Rádio e TV que fazia em São Paulo para vir morar aqui no Rio. Mas acabei de entrar no curso de Cinema - e hoje, aliás, foi o trote! (risos).


Oi Paulo, boa tarde! Você tem planos para depois que terminar a novela?


Paulo Nigro - Alguns planos, sim. Tenho pensado em alguma coisa voltada para o cinema, mas ainda é um projeto embrionário. Vou esperar ele se desenvolver mais para falar sobre isso.


Qual é o seu maior sonho?


Paulo Nigro - Meu sonho é poder ser um cara realizado tanto profissional, como pessoalmente.


Li em uma entrevista que você está solteiro, mas nunca sozinho. Está com alguém no momento?


Paulo Nigro - No começo, tudo é festa. Você acha que não vai sentir falta de nada, mas quando a ficha vai caindo, percebemos que é um pouco mais complicado. Aqui no Rio, ainda tenho poucos amigos, e também estou tendo que me virar sozinho. Não tenho mamãe nem papai para me ajudar por aqui - salvo em algumas exceções.


Como é trabalhar no cinema?


Paulo Nigro - Tenho um carinho maior pelo cinema pelo fato de poder desenhar o personagem com mais segurança. Sabemos onde começa, onde é o meio e o fim. É um trabalho bem menor do que uma novela. Tudo é feito com um pouco mais de atenção e cuidado. Nas novelas também temos que ter cuidado, mas tempos pouquíssimo tempo para pensar as cenas e a construção do personagem.


Qual conselho você daria para quem quer seguir a carreira de ator ou atriz?


Paulo Nigro - O conselho que eu posso dar é o que serviu e ainda serve para mim. Se você quer uma coisa, se você deseja muito aquilo, faça por merecer. E não desista nunca!


Quais são os seus ídolos? Em quem você se inspira?


Paulo Nigro - Tenho muitos ídolos, e em diversas áreas. Mas acho que de todos, me inspiro no meu pai e em minha mãe. Tento ser o espelho deles.


Como você gostaria que fosse o seu próximo trabalho?


Paulo Nigro - Não sei ainda. Quero fazer tanta coisa. Quero fazer coisas bem diferentes de mim, onde eu possa colocar cargas maiores de interpretação.


Quais são os seus projetos futuros?


Paulo Nigro - Como disse, tenho um projeto para cinema e para algumas outras coisas também.


Qual foi o papel mais difícil que você já fez?


Paulo Nigro - Parece um chavão ou um clichê, mas todos que eu fiz foram difíceis. É claro que com alguns, me identifiquei mais, e com outros menos.

Você tem um carinho especial por algum personagem que já fez? Por qual e por quê?

Paulo Nigro - Repetindo o que disse acima, pode parecer clichê ou qualquer outra coisa, mas os personagens são como parte de nós. Todos foram importantes, mas dois deles fizeram a diferença: o primeiro em Chiquititas, porque ali decidi realmente que queria ser ator; e o meu personagem em Amazônia, que foi um dos meus papéis mais importantes.


Quero dizer que adoro você e o papel que faz em Os Mutantes. Acompanho sua carreira desde Malhação, e acho que você está arrasando como Toni! O papel é maravilhoso! Mas me diz uma coisa: onde anda a cobra da Paola?

Paulo Nigro - Antes de mais nada, obrigado pelo carinho. Quem sabe logo mais ela não aparece? (risos).

Paulo Nigro conclui com a seguinte frase:

"Galera, muito obrigado pelo carinho de todos. Espero que continuem acompanhando Os Mutantes. E nunca desistam do que querem. Se pensarem em desistir, dêem uma fuçada lá dentro porque sempre existe um suspiro de força. Não desistam nunca".

Um comentário:

Anônimo disse...

Foram vocês que fizeram a entrevista?