segunda-feira, 7 de abril de 2008

BIOGRAFIA DE PRETA GIL ( A HÉLGA )





PRETA GIL ( HÉLGA )
Preta Maria Gadelha Gil Moreira, (Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1974), mais conhecida como Preta Gil é uma cantora e atriz brasileira. É filha do ministro da culturaGilberto Gil.

Biografia contada pela própria PRETA GIL

Eu nasci no Rio de Janeiro, sou carioca, no dia 08 de agosto de 1974. Foi o máximo, essa história todo mundo conta na família, porque o meu pai foi ao cartório, me registrar, com a minha avó materna, a vó Wangri, minha avó branca, que é mãe da minha mãe. Chegando lá o tabelião falou: “Você não vai poder registrar o nome de sua filha de Preta”. Imagina! Vocês conhecem meu pai, sabem que ele gosta de falar e já começou a fazer discurso. "Mas por que? Existem Biancas, Brancas, Claras, Rosas e não pode ter Preta?" E o tabelião disse: "Tudo bem, você vai botar Preta, mas só se botar um nome católico junto." Então eu me chamo Preta Maria por conta do tabelião.
Eu não estudava e assistia muito à televisão. Gostava muito de assistir "Mulher Maravilha", eu amaaaaava, não entendia nada de inglês, mas aquilo me impressionava.
Eu pedi para minha mãe comprar uma fantasia de Mulher Maravilha. Ela comprou... Pedi um patins também. Eu dormia com a roupa de Mulher Maravilha, acordava com a roupa de Mulher Maravilha e com o Patins!!!
E tinha o efeito, né? Eu virava a Mulher Maravilha no patins, girava e virava.... Uma louca... E isso foi um caos porque eu rasgava todas as minhas roupas, os vestidinhos que a minha avó fez de renda, da Bahia... Tive que botar velcro. Eu me lembro da minha mãe costurando velcro em todas as minhas roupas para eu não rasgar, e foi aí que eu comecei a descolar o velcro (risos)...
Eu morei no Rio até um ano de idade, depois a gente foi para salvador. Minha mãe logo depois teve outra filha, chamada Maria, e eu achei pouco criativo pra falar a verdade. Eu já tinha um irmão mais velho, o Pedro, que tinha nascido em Londres, na época do exílio. Meu pai foi exilado junto com o Caetano na época da ditatura. Aquilo foi um caos na minha família... Eu gosto de contar essa história porque isso reflete muito quem é a minha avó.
Minha avó, é mãe da Sandra, minha mãe, e mãe da Dedé, mulher do Caetano. Então nessa época que eles foram exilados, ela tinha duas filhas casadas com dois loucos! As duas foram exiladas, foram morar em Londres, e minha avó, eu sinto muita admiração por ela por isso, porque ela sempre segurou essa onda.

Desde criança eu tenho uma imaginação muito fértil. Eu tinha essa cachorrinho imaginário, quando eu tinha cinco anos.
Meu pai foi fazer um disco em Los Angeles com o Sérgio Mendes. Nossa família foi morar lá oito meses. Toda a trupe. Minha mãe que fala: "Chegou o navio negreiro!", ela e os filhinhos pretos. E ela conta que na rua as pessoas perguntavam se ela estava com os filhos das empregadas. Porque a minha irmã Maria tem o cabelo 'dum-dum', o Pedro também e eu liiisa (risos), eu era a índia, tanto é que eu meu apelido de criança era 'Filipina'. Caetano me chamava de Filipina. Estava no Rio de Janeiro no auge dos anos 80. Bombando, Blitz, Paralamas, Barão Vermelho, Lulu Santos. Tinha tanta coisa boa que acontecia. Essa coisa da música nos anos 80 era algo muito gritante. Tinha o Circo Voador, que tinha show todo fim de semana, que eu, como boa filha de artista, vivia nos bastidores, nos camarins, via tudo aquilo acontecer. Isso tudo me deixava alucinada, amava esse ambiente, me sentia confortável. Palco era uma coisa que me atraia muito. Toda vez que eu ia em show do meu pai, quando chegava no bis, que eu sabia que ele já tinha feito a parte dele, ele nem me chamava, mas eu e meu irmão subíamos lá. Ele ia pra percussão e eu já ia pro lado da minha irmã Nara, que era backing vocal do meu pai, e já ficava cantando... Metida, né?

Eu queria ser chacrete e todo sábado tinha gravação no teatro Fenix, no Jardim Botânico. Meu pai, nessa época estava estourado nas paradas, meu tio Caetano, minha madrinha Gal, alguém da família sempre ia no Chacrinha! E eu falava: “Mãe, fala pro tio para eu ir, pai, deixa eu ir.” Eu vivia no Chacrinha. Lembro que entrava no camarim dele, aquele camarim cheio de coisas e balagandans, e achava que ele era a Carmem Miranda homem. Eu sentava no colo dele, beijava ele, ele me amava.
Começava aquele programa, as luzes, a platéia, eu ficava num cantinho e aí entravam todas as bandas que naquela época eu amava, tanta coisa boa. Amava Elke Maravilha, que era jurada Fui criada nesse ambiente dos anos 80, muito efervescente, muita cor cítrica, muita calça semi-bag. (risos)

E ali, nos anos 80 ainda, eu resolvi que eu ia ser atriz, e que ia estudar porque seria atriz e cantora. Eu achava que dava para ser as duas coisas, mas eu queria mais ser atriz, porque eu já era (risos), eu já tinha o meu maiozinho de oncinha, já fazia meus números para os meus irmãos, que odiavam! Eles falavam: "Ai, essa menina é muito metida!”.
E eu fazia showzinho para a Gal, que é minha madrinha. Imitava ela, para ela. Quando ela chagava em casa e eu já botava "oh balancê, balancê...". A louca. Ela me levava boá, me levava roupas dela. Imitava a Rita Lee, Elba, amava Elba, ia a todos os shows dela.
Amora, filha do Jorge Mautner, é minha melhor amiga. E criança tem sempre competição. Um dia, quando a gente era criança, ela chegou em casa com uma boneca incrível que o Mautner viajou para não sei onde e trouxe pra ela. E eu não tinha uma boneca igual. Fiquei mal, arrasada, uma inveja horrorosa. Eu queria porque queria aquela boneca, mas orgulhosa, não falava nada. E ela ficava andando com aquela boneca e eu com ódio dela. Uma hora ela virou pra mim e disse: "Eu tenho essa boneca e você não tem!", e eu disse "Ah é, mas o meu pai fala com Deus e o seu não! Estava no auge da música “Se Eu Quiser falar com Deus”, e eu realmente achava que ele falava!"


PRETA GIL COM FRANCISCO


PRETA GIL AMAMENTANDO FRANCISCO

Preta e Otávio Müller, quando eram casados

DÊ UMA OLHADA NO BLOG OFICIAL DA PRETA GIL

http://preta-gil.blog.uol.com.br/

ENTREVISTA DADA A REVISTA CONTIGO

Preta Gil é o tipo de mulher que saboreia a vida em mordidas vorazes, não perde tempo comendo pelas bordas. Seu negócio é conquistar- e aí se incluem homens e... mulheres. Sua lista é grande e ela não a esconde de ninguém. Além dos três casamentos- o ator Otávio Müller, 41 (da união nasceu Francisco, 12), o roteirista Rafael Dragaud, 34, e o ator Caio Blat, 26- teve vários namorados famosos. Entre eles, Marcos Palmeira, Paulinho Vilhena e Marcos Mion. Mas até disso ela debocha. "Estes não são os únicos que tive nem os únicos com quem tenho estado nos últimos tempos. Não sei se isso é bom ou ruim. O lado bom é que, enquanto estão focados nos conhecidos, posso me divertir com os anônimos. E mesmo os famosos, têm tantos que já peguei que ninguém sabe nem vai saber", diz, às gargalhadas.

Isso porque Preta está- em suas próprias palavras - mais relaxada. "Deixo as coisas acontecerem naturalmente. Antes, eu tomava a iniciativa", assume. Aos 32 anos, ela está solteira ou "totalmente na pista para negócios", como prefere definir. Nesta entrevista para Contigo!, fala abertamente de sexo e amor. "Sexo tem de ter tesão, que é completamente diferente do amor", filosofa. E (quem diria!) também assume que sonha com um casamento cheio de pompa. "Pode ser ultrapassado, careta, mas sonho com isso. Fico vendo Ana Maria Braga casando e isso me dá uma esperança...", brinca, sempre rindo. Mas logo volta a ser Preta e avisa: "Meu casamento não terá festa, e sim uma micareta, um Carnaval fora de época, né?"

Renato Pizzuto



O que a seduz num homem?
Honestamente? Talento. Preciso admirar a pessoa que está a meu lado. Ele tem de ser muito bom em alguma coisa. Pode ser profissionalmente, no jeito de tratar os outros... Já gostei de diretor de fotografia, de surfista, cantor, baterista. Mas o cara era realmente bom no que fazia. Claro que em alguns momentos somos seduzidas pela beleza, mas, quando isso acontece, a relação não vai muito para a frente, fica na superficialidade.

Já gostou muito de um cara e não foi correspondida?
Claro! Lembro de que, quando era garota, gostava de homens mais velhos e tomei vários "tocos". Agora, sou ponderada. Sempre dou uma checada antes de me meter, para evitar frustrações. Não saio atirando para todos os lados. Mas, quando acontece, não tem muito o que fazer. O tempo é o melhor remédio. E um novo amor também. Acredito mesmo que um amor se cura com outro.

O que acha que destrói uma relação?
Desrespeito à individualidade. Meus casamentos e namoros terminaram por ter se esgotado como relação a dois. Em todos acabei amando e respeitando até mais do que no início. Nunca terminei uma relação brigando, mas o fim é sempre complicado. Já traí, já fui possessiva, mesquinha... Somos seres humanos, é muito fácil errar.

Já fez uma loucura por amor?
Fiz aquelas clássicas, como pegar um avião e cruzar o oceano só para encontrar uma pessoa. Uma vez passei cinco dias em um trailer, na beira da praia, sem computador nem televisão. Isso para mim é uma loucura!

E essa história de dizer que você é total flex (uma referência a sair com homens e mulheres)...
O que eu digo é que as pessoas não têm sexo para mim. Já me apaixonei por homens e por mulheres. O meu coração não tem essa limitação. Estou aberta para o amor.

Mas assumiria um namoro com uma mulher?
Por que não? Não faria gratuitamente, por mais liberal que seja, porque a vida prática não é tão simples. Tenho um filho... Nunca arrisquei viver isso, pois nunca acreditei que fosse para valer.

Sexo para você é o quê?
Uma troca de energia entre duas pessoas que se atraem. E atração passa por vários canais, pela conversa, pela beleza ou por um olhar.

E tem de ter amor?
Sexo tem de ter tesão, que é completamente diferente do amor. Você pode amar e não ter tesão e vice-versa.

E com Reynaldo Gianecchini, o que aconteceu?
Ele foi uma surpresa que a vida me proporcionou. Giane estava solteiro e a minha animação, a mania que tenho de apresentar a Bahia para todo mundo, nos aproximou. Vivemos momentos incríveis em Salvador, de amizade, de companheirismo, de parceria. As pessoas não conseguem compreender uma amizade entre um homem e uma mulher...

Sabe ficar solteira?
É uma das coisas que mais sei. "Ficar sozinho é para quem tem coragem." Para mim, essa frase da
Ana Carolina (cantora) é perfeita. Tenho preguiça de ficar com quem não me sinto segura. Por isso estou há quatro anos solteira, sem nenhum compromisso sério, só relacionamentos esporádicos.

Já fez dietas, lipoaspiração...
Tenho consciência dos poucos benefícios e dos muitos estragos que fiz com meu corpo, mas eu sinto que posso reverter o jogo. Obviamente as estrias que tenho, exatamente por viver em guerra contra a balança, não vão sair nem pretendo fazer tratamentos radicais para tirá-las.

Quais foram os estragos?
Fiz uma lipo que não deu certo, porque me deu quelóide e precisei fazer uma correção em 2005. Mesmo assim ainda tenho fibrose na pele. O que aconteceu é que não me cuidei no pós-operatório como deveria e essa é uma fase tão importante quanto a cirurgia em si. Não sou contra a cirurgia, mas acho que hoje existe uma banalização equivocada. Assim como eu, vejo amigas que, em vez de se exercitar, fazer uma dieta, recorrem à lipo. É uma intervenção cirúrgica, entende? É sério. No meu caso, fui buscar na plástica a solução para problemas muito mais profundos de auto-estima. Achei que com a plástica ia ficar feliz e acabei na maior depressão. Hoje não faria de novo porque a lipo não deve ser usada como válvula de escape ou fuga. Não faria porque sei que, se eu fechar a boca e me exercitar, consigo os resultados que quero.

Sua passagem por Nova York, há dois meses, a fez mudar?
Fui com meus ideais de consumo e voltei com as mãos abanando. Ali resolvi tomar algumas atitudes com relação à alimentação. Minha irmã Isabela, que estuda nutrição ayurvédica, me levou a um médico indiano. Ele me alertou para um monte de coisas. Não adianta, sei que não posso comer tudo o que quero! Perdi 5 quilos, estou com 70. Meu humor, minha digestão, a parte hormonal, tudo melhorou. Foi um ritual de limpeza. Esse é um papo que nem combina comigo, já que sou sempre a favor da liberdade, mas chega uma hora em que nem tudo é conveniente na vida. Estou experimentando isso em vários aspectos: seja em não comer algo, em não freqüentar um lugar, seja em não ser amiga de uma pessoa.

Do que mais gosta em seu corpo?
Do conjunto da obra. Sou a típica mulata brasileira: mistura de negro, branco e índio. Tenho bundão, coxão e gosto da forma violão.

Já se sentiu insegura diante de um homem?
Claro que já passei por esses dilemas, tipo: "Será que eu ligo?" Tenho pânico de jogo de sedução, falo na lata o que sinto. Agora, sou muito consciente de minhas atitudes. Se faço merda, faço sabendo. Meus amigos costumam dizer que não conhecem ninguém que vai para a forca tão feliz quanto eu!
MATÉRIA DE RICARDO AUGUSTO

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