segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Entrevista com Natasha Haydit, que fez a Paola

Como foi “interpretar” uma cobra?
Quando fui chamada para fazer a novela, não sabia que ia ter que me transformar em cobra. Li o roteiro e senti um medo desesperador. Como é que eu ia me transformar naquela coisa sem braços, sem pernas, que rasteja? Fui conversar com o diretor e ele me ajudou muito. Me fez ver que havia uma dor, um conflito interno e muito sentimento embutido nessa transformação. Depois do ensaio eu fiquei muito dolorida, mas a cena ficou linda.


A novela é a sua primeira vez na TV?
Sim, mas eu já havia feito cinema. Participei de Sexo com amor?, do Wolf Maia.

O que mudou da sua vida de modelo para a de atriz?
Pude engordar um pouco. Eu parecia uma doente, era puro osso [risos]. Depois que entrei para o cinema avisei a minha agente que não era nem para me chamar para testes de comerciais. Queria me dedicar totalmente à dramaturgia. Sou muito ansiosa, vou fundo nas coisas. E agora é isso.

Você chegou a morar em outros países para modelar?
Nunca quis. Alguma coisa me dizia para não ir. Eu moro com meus pais no Rio de Janeiro. Namorei sério dos 17 aos 21 anos. Não era a hora. Tentei morar em São Paulo durante um mês e foi a pior experiência da minha vida. Era um teste atrás do outro, o dia todo. Um mercado cruel, uma competição terrível. Desisti e voltei para o colégio. Mas o diretor não gostou muito das minhas faltas e me reprovou.

Você já namora outra pessoa?
Não. Ele foi uma paixão avassaladora. Meu primeiro e único namorado e que hoje é um grande amigo. Mas era muito ciumento. Cada beijo que eu tinha que dar em um modelo era uma briga enorme. Aí ele teve vontade de morar fora e nossas vidas tomaram rumos diferentes. Mas quem sabe um dia... talvez... no futuro...

E você não é ciumenta?
Muito, muito. Eu jamais namoraria um ator. Quando começo um relacionamento, já aviso logo que meu trabalho tem dessas coisas. Pergunto: vai agüentar? Porque se não for, vê se recua logo. Porque às vezes recuar é a melhor estratégia. Antes de se apaixonar.

Nunca se apaixonou novamente?
Totalmente não. Às vezes eu estou com alguém e falo: ai, cara... tô me apaixonando... E eles não acreditam. Olham pra mim e fazem: “Hum.... hum... Tá bom!”. E aí gonga tudo.

Você acha que os homens ficam intimidados com você?
Ficam muito inseguros. Eu sou uma pessoa que entra na balada e em meia hora já estou amiga de todo mundo. Eu falo mais que a boca, troco telefone e saio do lugar chorando porque tenho que me despedir. Deve ser difícil pra eles, né?


Você sonha em casar, ter filhos, tudo certinho?
Quero casar, mas filhos, de jeito nenhum. Vou botar filhos neste mundo pra quê?

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