sexta-feira, 18 de julho de 2008

SCRIPT das cenas que vão ao ar hoje


ALINE SERVE UM CAFÉ PARA ELA E MIGUEL.


ALINE — Que dia, hein Miguel? Tô exausta! Esses mutantes dão muito trabalho, tá louco! Fiquei preocupada quando você saiu da clínica atrás daquela mutante vampira... Ela tentou te atacar?

MIGUEL — Não... Pobrezinha... Fiquei com pena dela. A moça é boa pessoa... Está sofrendo muito com esse vírus do vampirismo... A Nati prometeu que não vai atacar ninguém.

ALINE — (ENCIUMADA) E você acreditou, Miguel? É impressionante, você ficou caidinho pela vampira. Pensa que eu não percebi?

MIGUEL — Não acredito!


ALINE — O quê?


MIGUEL — Você ficou com ciúmes.

ALINE — Claro que não! De onde você tirou isso? Ciúme de vampira? Eu, hein?

MIGUEL — Ficou sim. Eu te conheço.

ALINE — Deixa de ser ridículo!


MIGUEL SE APROXIMA DE ALINE, APAIXONADO.


MIGUEL — Não precisa ficar com ciúme de ninguém... Você é a mulher que eu quero, Aline...

ALINE — Que é isso, Miguel?

MIGUEL — É verdade. Sou louco por você, sabia? Sempre fui. Desde o primeiro dia em que te vi. Você me deixou completamente apaixonado.



ALINE E MIGUEL SE OLHAM COM INTENSIDADE. MIGUEL CHEGA MAIS PERTO.PARECE QUE VÃO SE BEIJAR. MARTA ENTRA FEITO UM FURACÃO, JÁ FALANDO. ALINE E MIGUEL SE AFASTAM RAPIDAMENTE.

MARTA — O Fredo é um inconseqüente mesmo! O que ele fez é inadmissível! Isso não vai ficar assim!



ALINE — O que aconteceu, Marta?

MARTA — Acabei de ser informada que o Fredo matou dois mutantes jovens numa praia, perto do Guarujá.

MIGUEL — Que absurdo! Ele vai alegar legítima defesa, aposto!

FREDO ENTRA.

FREDO — Boa noite!

MARTA — Você tá cansado de saber que não tem permissão pra matar nenhum mutante, Fredo! Não vou tolerar mais as suas execuções!

FREDO — (IGNORA) Boa noite pra você também, Marta!

MARTA — Você devia ser expulso do Depecom! A sua forma de agir é uma vergonha pra polícia! Mas a Corregedoria vai saber disso! Você não perde por esperar.

FREDO — Não me enche, Marta! Pára de se meter no meu trabalho! Que saco! Esses mutantes que você tá defendendo mataram duas garotas lá na praia, sabia? São assassinos! Matei sim, e daí? Despachei os dois mutantes pro inferno que é o lugar deles!

MARTA — Você não tem nada que fazer justiça com as próprias mãos! Que é isso? Tinha que ter trazido os dois pra cá. Eles iam ser interrogados, presos, julgados! O nosso trabalho é prender, proteger, não matar!

FREDO — Eles me atacaram, o que você queria que eu fizesse? Atirei em legítima defesa!

MIGUEL — Foi o que eu pensei.

MARTA — Mentira, Fredo! Fala a verdade!

FREDO — Pode falar com os outros agentes que participaram da operação... eles já confirmaram tudo em depoimento...

MARTA — Você se acha muito esperto, né Fredo? Mas um dia eu ainda te pego!

FREDO — Sabe qual é o seu problema, Marta? Você fala demais! Enquanto você fica aí xeretando o que eu faço ou deixo de fazer, eu parto pra ação! Pro seu governo, eu mandei um grupo de agentes do Depecom lá pra Ilha do Arraial e eles capturaram três mutantes perigosos. Já estão voltando pro continente de barco, inclusive... Um deles é o famoso menino lobo, o Vavá.

ALINE — Já li a ficha do Vavá... A mordida dele transmite o vírus da licantropia...

FREDO — Exatamente. Foi esse monstrinho que começou a espalhar o vírus por aí. Ele é o principal agente transmissor da doença. A cidade tá assim, infestada de lobisomem por causa dessa aberração! (RI, MALIGNO) E eu sei muito bem o que eu vou fazer como Vavá, quando ele chegar aqui.

MARTA — Pelo amor de Deus, Fredo! É só uma criança! Eu não vou deixar você executar o menino lobo!

FREDO — Claro. Não vou fazer nada com ele, pode deixar... (RI IRÔNICO) A menos que eu seja atacado.

ENTRAM VAVÁ, PACHOLA E CRIS, TRAZIDOS POR CANELONI.

FREDO — Falando nele!

FREDO PEGA ARMA. MARTA SE COLOCA NA FRENTE.

CRIS — Estou sentindo vibrações de perigo!

PACHOLA — Fica atrás de mim, meu filhotinho peludinho, que papai te protege!

FREDO — Menino lobo peludo... que menino mais feio!

VAVÁ — Eu não sou feio! Feio é quem fala que uma criança é feia! Sua mãe não te deu educação, não?

INSERIR EFEITO: VAVÁ ROSNA PARA FREDO.



CENA 8. RUA. CAMINHÃO.EXT. NOITE

O CAMINHÃO ESTÁ PARADO EM LUGAR ERMO. ZÉ MALANDRO ACABA DE COMER PÃO COM MORTADELA. CLARA CHORA.

MALANDRO — Pensou que ia fugir de mim, né, garota? Mas consegui te pegar. Sou maior, minhas pernas são compridas. Come pão com mortadela, vai.


CLARA — (CHORA) Não quero comer. Quero ir pra casa.


MALANDRO — Minha casa é esse caminhão aqui, ó. Não pago aluguel nem IPTU. É por isso que meus amigos começaram a me chamar com esse apelido: Zé Malandro.

CLARA — Não quero ficar aqui. Quero ir ver meu pai, meus irmãos, tia Érica. Minha mãe ia chegar, eu ia conhecer minha mãe, mas aí me seqüestraram.


MALANDRO — Clara, cê tem o poder de curar, cê sabe o que é isso?


CLARA — É meu dom. Nasci com ele. Gosto de curar.


MALANDRO — Seu dom vale uma fortuna. Tem muita gente que tem dinheiro, muito dinheiro, mas não tem saúde. Acertei na sorte grande quando te encontrei, menina... Nós não vamos ficar muito tempo mais neste caminhão, não. Vou ter tanto dinheiro que não vou nem pagar aluguel. Vou ser proprietário, vou comprar uma big casa, baita mansão... com uma piscina enorme... cê vai ver... sempre sonhei ter uma casa com uma piscina enorme... Com o dinheiro que a gente vai cobrar pelas suas curas.


CLARA — Nunca cobrei nada pra curar alguém...

MALANDRO — Porque é burra... e seu pai é burro também... Se eu fosse seu pai, já tava rico, com uma conta cheia de zeros do lado direito... Milionário, entendeu? Quero ficar milionário, e você vai me ajudar.

CLARA — Curo por amor. Não curo por dinheiro. Meu pai sempre me disse que não quer que eu seja explorada. E eu não tenho vontade de usar meu dom pra ganhar dinheiro. Só quero ajudar as pessoas. Faço por amor, entendeu? Não por dinheiro...


MALANDRO — Cala a boca. Já te falaram que tu é muito chata, ô menininha enjoada!? Cala a boca, tá me entendendo? Quem vai ganhar o dinheiro sou eu. Cê vai ter só que curar, tá ligada? E se não me obedecer, cê vai sofrer, menina, tá me escutando?! Vai ter que curar os outros pra eu ficar rico às tuas custas! Menina burra!



NO MEDO DE CLARA,



CORTA PARA

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