sábado, 26 de julho de 2008

CENAS QUE VÃO AO AR HOJE (26/07)

CENA 21. RUA. EXT. DIA

PESSOAS CORREM EM PÂNICO. CARROS ENGARRAFADOS.

BATISTA DE CARRO, NO MEIO DO ENGARRAFAMENTO.

BATISTA — As previsões pro trânsito nas grandes cidades são sinistras. Dizem que alguns lugares vão simplesmente parar, dar nó, até 2020. Ninguém mais vai poder andar. Putz, meu, acredita numa coisa dessas. E não é só em São Paulo, não, hein? No Rio também... e em outras mega cidades no mundo também. É por isso que eu digo: tem que investir em transporte coletivo! Tá impossível! É broca, manja?

BATISTA SAI DO CARRO PRA VER O QUE ESTÁ ACONTECENDO LÁ NA FRENTE. ELE VÊ ARI QUE VEM CORRENDO PELA RUA, APAVORADO, NO MEIO DOS FIGURANTES.

BATISTA — (CHAMA E ACENA) Seu Ari! Seu Ari!

ARISTÓTELES — Batista! Graças a Deus!...

ARI CHEGA PERTO DE BATISTA CORRENDO.

BATISTA — O que tá acontecendo, seu Ari? O senhor não devia correr assim, acabou de passar mal do coração e... (ESPANTO E PAVOR) Meu!...

INSERIR EFEITO: APARECE DINOSSAURO RUGINDO.

CORTA PARA

CENA DE ARQUIVO. ILHA. EXT. DIA

CENA 22. CANTO DENTRO DA CAVERNA. TENDA EXT . DIA

TONI E CLEO ESTÃO AMARRADOS, PRESOS POR FORMIGÃO E PELOS HOMENS-FORMIGAS. RAINHA FORMIGA CHEGA LINDA E MARAVILHOSA E SE DIRIGE A ELES.

RAINHA — Humanos! Parece que uma horda de vocês resolveu invadir as profundezas da terra e desembarcar no meu reino.

FORMIGÃO — Minha rainha, nobre senhora das profundezas, estou esperando apenas sua ordem para executá-los. Basta apenas uma ordem e logo eles serão transformados em ex-humanos.

CLEO TENTA SE DESVENCILHAR DAS AMARRAS E SE DIRIGE A RAINHA

CLEO — Clemência, senhora, clemência! Nós somos pessoas do bem. Perdoe-nos se invadimos seu reino. Não fizemos por mal. Estamos apenas perdidos. Não queremos criar problemas para a senhora e seus súditos.

RAINHA — Alguém te autorizou a falar, humana insignificante? Por acaso eu te dei a palavra? Eu podia mandar cortar tua língua, sabia? Mas não vou fazer isso. E sabe por quê? Porque hoje eu estou em estado de graça, me sentindo realmente soberana.

CLEO — (FALSA) Obrigada, soberana, pela sua clemência e compreensão.

RAINHA — Cala a boca, humana. Por que será que as mulheres da superfície são tão falantes e cheias de si? (ENCARA TONI) Prefiro os homens. Eles são calados e discretos. Não é meu rapaz?

TONI — Posso falar, soberana?

A RAINHA ABRE UM SORRISO SENSUAL E ACARICIA O ROSTO DE TONI.

RAINHA — Você já está falando e sua voz máscula me soa como uma suave e maviosa melodia, meu rapaz.

CLEO E TONI SE OLHAM SURPRESOS.

TONI — Pois é, excelência. Nós queremos voltar à superfície... Voltar para nossa casa... Estamos perdidos, mas com a sua ajuda podemos voltar para a terra... Para o nosso reino.

RAINHA — Você nunca mais vai voltar para o seu reino. O seu reino agora é esse. O seu reino é o meu reino. Quero expandir o meu território para além do subterrâneo e preciso gerar novos homens-formiga. Preciso procriar, entende? E para procriar vou precisar de um ser humano macho.

CLEO E TONI SE OLHAM ASSUSTADOS

RAINHA — Que cara é essa? Imagino que você entendeu o que eu quis dizer. Se não entendeu, serei clara. Quero que você, humano formoso, seja o rei dos homens-formigas.

REAÇÃO DE TONI E CLEO

CORTA PARA

CENA 23. CELA DE BETO. INT. DIA

OBS. MESMA CELA QUE JÁ FOI USADA POR TAVEIRA.

TEMPINHO EM BETO, AINDA DESACORDADO. ELE ACORDA LENTAMENTE E OLHA EM VOLTA, UM POUCO SONOLENTO, ATÉ SE DAR CONTA QUE ESTÁ PRESO. BETO FICA PREOCUPADO.

BETO — Droga! Não acredito! Tô preso! O que será que fizeram com a Perpétua? (REPARA QUE ESTÁ SEM ARMAS) Levaram minhas armas... a pistola de dardos... E agora?

BETO SE LEVANTA E ANDA NA CELA, ENCAFIFADO. OUVIMOS O SEU PENSAMENTO EM OFF.

BETO — (OFF) O que será que aconteceu? Não lembro direito... Acho que vi a Maria... depois eu apaguei... Não, não pode ser. Deve ter sido coisa da minha cabeça... tô ficando louco! A Maria nunca teria atirado em mim...

NESSE MOMENTO, SLOW NA CHEGADA DA SAMIRA, QUE APARECE DIANTE DELE, DO OUTRO LADO DA CELA. SLOW EM BETO OLHANDO PARA SAMIRA. BETO FICA ESPANTADO.

BETO — Maria?!... É você?

PORTA SE ABRE. SAMIRA ENTRA CORRENDO E ABRAÇA BETO, FELIZ. BETO NÃO FAZ FESTA, ESTÁ DESCONFIADO.

SAMIRA — Claro que sou eu, Beto! Que saudades! Você tá bem? (SAI DO ABRAÇO, DESAPONTADA) Que foi? Parece que não tá feliz em ver.

BETO — Se você é mesmo a Maria, por que atirou em mim?

CORTA PARA



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