CENA 17. TUBULAÇÃO. ESGOTOS. OUTRO LOCAL. INT. NOITE
TONI E CLEO TENTAM SE LIVRAR DAS ARANHAS, MAS NÃO CONSEGUEM. HOMEM TARÂNTULA SE DIVERTE VENDO O DESESPERO DOS DOIS.
INSERIR EFEITO: MUITAS ARANHAS SE ALASTRANDO PELO CORPO DE TONI E DE CLEO.
CLEO — Ai, socorro! Que sensação horrível! Nunca senti tanto medo na minha vida!
TONI — Elas estão por toda a parte... Vou tirar a roupa!
CLEO — Não, Toni! São muitas! Não faz isso! Elas vão te morder... A roupa pelo menos protege um pouco.
TONI — Arghhhhh! Que horror! Elas estão entrando dentro da minha blusa... tão subindo pelas pernas... Acho que nós vamos ser devorados vivos!
TARÂNTURA — Isso é pra vocês aprenderem a nunca mais desafiar o meu poder!
CLEO — Por favor, não foi essa a nossa intenção! Peça pra essas aranhas irem embora!
TONI — Tenha piedade! Nós vamos acabar morrendo desse jeito!
TARÂNTULA — Mas é exatamente esse o meu objetivo. Quero que vocês morram!
CLEO — Vamos sair daqui, Toni! Rápido! A gente tem que fugir!
TARÂNTULA — Podem correr! Isso! Fujam! Vocês não vão conseguir se livrar das minhas amigas! (DÁ GARGALHADA, MALIGNO)
TONI — Dessa vez, acho que não tem jeito, Cleo. A gente tá ferrado. Não vamos conseguir!
CLEO — Vamos conseguir sim... com o meu poder de sobrevivência. Confia em mim! Vem! Me segue!
NOS DOIS AINDA TOMADOS POR ARANHAS PELO CORPO. CORRENDO DESESPERADOS,
CORTA PARA
CENA 18. corredor. celas. int. NOITE
CAM. ABRE
JULI — (OFF) Você não está em condições de exigir nada, meu bem... Já disse que você vai saber... na hora certa...
SAMIRA — Não! Eu quero saber agora! Por que eles acharam que eu era essa tal de Maria? Ela deve ser muito parecida comigo! Quem é ela? Me fala! (SENTE DOR) Aiiiiiii!! Minha cabeça!
SAMIRA SENTE FORTE DOR NA CABEÇA E SE CONTORCE.
JULI — (OFF) Quando é que você vai aprender a me obedecer, Samira?
OBS. CENA CONTINUA ABAIXO
CENA 19. CELA DE MARIANA. INT. NOITE
JULI OBSERVA SAMIRA SE CONTORCENDO DE DOR PELO MONITOR.
JULI — Prometo que vou te falar tudo, querida, mas tenha um pouco mais de paciência, por favor.
SAMIRA — Tudo bem, Juli. Vou aceitar, porque não quero mais sentir dor. (A DOR PASSA, SAMIRA FICA BEM).
JULI — Por isso que eu gosto de você, Samira. É inteligente. Sabe quando parar.
SAMIRA VAI ATÉ BETO, EXCITADA.
SAMIRA — Pelo menos vou poder me divertir com esse homem delicioso...
JULI — Nada disso. Ainda não.
SAMIRA — (PROTESTA INSTINTAMENTE) Mas quem você pensa que é? Sempre fiz tudo o que eu quis! (SENTE DOR NOVAMENTE) Arghhhhh! Que droga!
JULI — Dói, não é mesmo? Eu imagino o quanto. Deve ser uma dor terrível.
SAMIRA OLHA COM RAIVA PARA JULI. ELA RESPIRA FUNDO E PROCURA SE ACALMAR ATÉ QUE PÁRA DE SENTIR DOR E SORRI.
SAMIRA — Está certo, Juli! Depois eu me divirto com ele. Quando você achar melhor.
JULI — Não vai demorar muito, pode ficar tranqüila. Agora eu quero que você prenda esse rapaz, o Beto, e a Perpétua, a mulher elétrica, em celas separadas.
SAMIRA — Okay. Como você quiser. Vou começar pelo macho.
SAMIRA SE AGACHA PERTO DE BETO. PASSA A MÃO
SAMIRA — Ah... como é belo. É a primeira vez que eu chego tão perto de um homem... Ele tão forte, corajoso... é um guerreiro.... como sempre sonhei!... Você vai ser meu, Beto!
CORTA PARA
CENA 20. CELA DOS BEBÊS. INT. NOITE
MARIANA TENTA ACALMAR BIANCA E LEONOR, QUE CHORAM ARRASADAS.
BIANCA — Mas o que nós podemos fazer, meu Deus? A doutora Júlia é muito poderosa... Mais até do que eu pensava...
MARIANA — E toda esta tecnologia enorme, provavelmente extraterrestre.. capaz de criar seres mutantes, organismos geneticamente modificados... capaz até de fazer a Júlia se transformar numa outra pessoa, na Juli... Toda esta tecnologia tá nas mãos de uma pessoa que não tem limites, que não tem escrúpulos, capaz de me deixar presa neste subterrâneo por mais de trinta anos, capaz de mandar matar e seqüestrar pessoas!
LEONOR — E ela criou mutantes vampiros, mutantes lobisomens, criaturas monstruosas, que estão se espalhando pelo planeta!
MARIANA — Esses mutantes violentos que ela criou... Isto só pode significar uma coisa...
BIANCA — O quê?
MARIANA — É um plano de extermínio da espécie humana!...
BIANCA — Será? Será possível? Não... Será que a gente não tá só imaginando coisas aqui? Eu acho toda essa história de ets, extraterrestres, seres intraterrestres, que moram dentro da Terra, discos voadores, acho tudo isso tão louco, tão improvável...
MARIANA — Tão improvável quanto mutantes... seres transgênicos... organismos geneticamente modificados... não é? E mutantes existem!
LEONOR — Eu acredito! Faz sentido! Total! A doutora Júlia criou esses mutantes violentos... pra começar uma guerra contra a humanidade... A idéia pode ser enfraquecer os humanos pra que outra espécie alienígena, extraterrestre, possa futuramente dominar nosso planeta!
BIANCA — E por que a doutora Júlia ia ficar do lado dos etês?!
LEONOR — Ela pode ter se vendido pros etês... ou pode ter sido usada por eles...
MARIANA — Ela sempre teve a mania de querer ser uma grande cientista, que ia mudar a história da humanidade... Ela pode ter se deslumbrado com a ciência dos alienígenas sem saber qual era o plano deles...
LEONOR — Ou então...
BIANCA — Ou então o quê?
LEONOR — A doutora Júlia pode ser uma extraterrestre disfarçada!
SONORIZAÇÃO: SUBLINHA. NA TROCA DE OLHARES,
Um comentário:
coloquem fotos que da pra ver a cara do homem-tarantula
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